Gravidez na Endometriose
12/11/2019
O que é Endometriose
A parte interna do Útero se chama Endométrio.
Se uma mulher possui um óvulo fecundado, é nesta parte interna do útero que ele irá se desenvolver. Caso não haja fecundação, um pouco do endométrio descama é eliminado junto com o sangue, na menstruação.
O que sobra do endométrio, se regenera e o ciclo se repete, todos os meses.
Consequentemente, algumas células podem se deslocar no sentido contrário, ao invés de descerem para a vagina, acabam indo para dentro da cavidade abdominal e um dos locais que se implantam é nos ovários. O ciclo se repete até provocar uma reação inflamatória, chamada Endometriose.
Idade onde mais ocorre
Mulheres de qualquer idade podem estar sujeitas, porém é mais comum ocorrer aos 30 anos, sendo cerca de 2 milhões de casos registrados por ano. Isso reforça a importância de algo que falamos frequentemente procure seu médico, neste caso um ginecologista, para exames periódicos.
Principais sintomas
Seus principais sintomas podem ser confundidos com outros sintomas de problemas mais comuns, como a cólica menstrual, por exemplo.
Fique atenta a sinais como estes abaixo:
- Dores na relação sexual;
- Alterações intestinais;
- Alterações urinárias;
- Diarreias ou dor ao ir no banheiro;
- Cólicas menstruais.
Caso eles sejam intensos ao ponto de impedir a realização de atividades diárias, não perca tempo e procure seu médico de confiança.
Fatores de risco
Fazem a diferença para saber a hora de procurar um especialista.
Mulheres cujo a mãe já tiveram endometriose, têm risco maior. Alguns estudos indicam que imunidade baixa também favorece o desenvolvimento deste problema. O stress é outro fator relacionado à doença, portanto esteja alerta.
ESTÁGIOS DA DOENÇA
Ovariana:
Pequenos cistos acabam sendo formados com o sangue que se aloja nos ovários a cada ciclo menstrual. Com isso, eles acabam crescendo cada vez mais no decorrer dos meses. O seu tamanho pode afetar drasticamente a fertilidade da mulher, por isso é necessário buscar por opções de tratamento o quanto antes.
Superficial:
Um dos tipos mais leves, consiste na formação de pequenas lesões na região pélvica. O seu diagnóstico é extremamente complicado devida a sua superficialidade. Na maior parte das vezes as mulheres acabam descobrindo a sua existência a partir da realização de cirurgias que analisam o local, videolaparoscopia. Apesar de não ser considerado grave, quando é descoberto, é necessário que ele seja acompanhado frequentemente por um médico ginecologista.
Septo reto-vaginal:
Esse tipo não é muito raro e acomete a região entre o reto e a vagina.
Pode causar alterações da evacuação da paciente que pioram no período pré-menstrual. Em situações mais avançadas podem causar obstrução intestinal por uma lesão estenosante do cólon (intestino grosso).
Endometriose de parede:
Acontece frequentemente após a realização de procedimentos cirúrgicos. É comum o aparecimento de cistos que se localizam próximos à cicatriz de uma régua abdominal prévia, mas principalmente nas cicatrizes de cesarianas.
O sintoma mais comum é dor localizada aonde está o visto na parede abdominal.
Endometriose pulmonar ou pleural:
Um dos casos mais raros. A endometriose pulmonar consegue formar cistos dentro do tecido pulmonar. Em sitiaçoes mais avançadas o problema é grave e muitas vezes pode causar tosse com sangue. No entanto, está é uma situação aí da bastante difícil de acontecer.
Profunda:
Considerado o tipo mais grave, a endometriose profunda pode ser a responsável pelos sintomas intensos e frequentes que são sentidos. Nesta situação a endometriose costuma formar nódulos que atingem o reto, as trompas, os canais renais chamados ureteres, a bexiga e o aparelho reprodutor feminino (útero, tubas uterinas, ovários).
As mulheres com endometriose profunda tem maiores chances de se tornarem inférteis.
Afinal, é possível engravidar na Endometriose?
Diferente do que se imagina, a endometriose não é um impeditivo para seguir normalmente com uma gravidez. É tido por certo que essa inflamação pode comprometer a capacidade reprodutiva da mulher, mas a partir do momento que ela consegue engravidar, a gestação segue sem problemas.
Devido às complicações graves e inesperadas da doença, recomenda-se que a endometriose profunda, moderada ou grave seja tratada cirurgicamente antes de iniciar as tentativas de engravidar.
Tratamento
Recomenda-se em estágios mais avançados, a cirurgia feita através de videolaparoscopia, método mais seguro e moderno, que proporciona um pós-operatório com menores chances de dor, infecção, retorno às atividades mais cedo do que cirurgias ditas convencionais (abertas).
As cirurgias da endometriose profunda são avançadas e devem ser realizadas por cirurgiões experientes com equipes multiprofissionais que envolva cirurgiões de áreas diferentes como um cirurgião geral que realize videolaparoscopia avançada, ginecologista, coloproctologista, urologista.