Cirurgia Metabólica, Bariátrica e Reganho de Peso - O que você deve saber

29/05/2019

Antes de falarmos sobre reganho de peso precisamos entender que o maior benefício da cirurgia bariátrica e metabólica, além da perda de peso é a remissão das doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão (entre outras), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida e da auto estima.

Mas tão importante quanto isto devemos entender que existem indicações para a cirurgia e para cada paciente. Para ser operado o paciente precisa ser preparado.

 

Habitualmente quem se submete a preparação multiprofissional com endocrinologista, nutricionista especializada, psicóloga especializada e passa a praticar atividade física antes da cirurgia e acabam perdendo peso antes da cirurgia acabam mostrando um resultado melhor, pois se esta pessoa entender que para não voltar a aumentar de peso precisa mudar de hábitos os resultados serão definitivos.

 

SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM CONDIÇÕES ADVERSAS À REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS PARA O CONTROLE DA OBESIDADE: 

 

  • Limitação intelectual significativa.

  • Pacientes sem suporte familiar adequado.

  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso continuo de álcool ou drogas ilícitas.

  • No entanto, quadros psiquiátricos graves, alcoólatras e adictos sob controle não são contra indicativos à cirurgia.

  • Doenças genéticas.

 

Um dos maiores temores do paciente que se submete à Cirurgia Bariátrica é recuperar o peso perdido. A maioria dos pacientes passou por inúmeros tratamentos prévios à Cirurgia Bariátrica, alguns bem sucedidos, outros nem tanto, mas todos com a enorme frustração de não conseguir sustentar os resultado a médio e longo prazo.

 

"FASE DA LUA DE MEL"

Engana-se quem imagina que após a cirurgia isso nunca mais irá ocorrer. Os primeiros 18 meses após a cirurgia são considerados como a fase da “Lua de mel”, em que a pessoa geralmente está muito motivada, seguindo à risca as orientações da nutricionista, com pouco apetite, recebendo diversos elogios sobre sua aparência e entusiasmada com atividade física. Com o passar do tempo, o apetite vai aumentando, o peso estabiliza, os problemas emocionais podem retornar e os velhos hábitos.

 

Mais de 50% dos pacientes terá algum grau de recuperação de peso e é importante saber o que é considerado normal - e até esperado - e o que não é normal. Recuperar cerca de 5-10% do excesso de peso reduzido após 24 meses da cirurgia, de forma lenta e sem repercussão clínica, pode ser considerado normal e não necessitar nenhum tratamento.

 

Se o reganho de peso se inicia ainda no primeiro ano de pós-operatório, ou ocorre de forma rápida e associado a maus hábitos, se algumas das comorbidades como diabetes, esteatose (gordura no fígado), apneia do sono, colesterol e triglicerídeos elevados retornam, ou se a redução do excesso de peso for inferior a 50%, isto não é normal, deve ser avaliado e, dentro do possível, tratado.

 

O paciente deve, preferencialmente, procurar a equipe multidisciplinar que o operou. A equipe deve estar preparada e apta para receber este paciente e acolhê-lo sem discriminação. O paciente deve passar por avaliação clínica, nutricional e psicológica, além de exames específicos conforme a investigação clínica mostrar ser necessário. 

 

QUESTIONAMENTOS QUE DEVEM SER FEITOS:

 

1. Quantas vezes por dia você está comendo?

 

2. Você sente fome? Quanto tempo após a refeição?

 

3. Você se sente saciado? Com quais alimentos? Quanto tempo dura esta saciedade?

 

4. Qual o tamanho da porção de alimentos que você consegue ingerir?

 

5. Você sente azia ou refluxo?

 

6. Você iniciou algum novo medicamento nos últimos meses?

 

7. Você está fazendo atividade física? Que tipo de atividade e frequência na

 

8. Você está ingerindo bebidas alcoólicas?

 

9. Você está ingerindo refrigerantes e bebidas adoçadas com açúcar?

 

10. Você se sente culpado ou depressivo?

 

11. Você sabe o motivo pelo qual está recuperando seu peso?

 

Na maior parte dos casos a reengorda se dá por retorno a maus hábitos alimentares.

 

Em um número pequeno de pacientes pode-se detectar falha na cirurgia, com aumento significativo do tamanho do estômago ou passagem muito ampla entre o estômago e o intestino.

 

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